Na verdade, o negócio da banca parece simples.
Recolhe dinheiro dos depositantes que remunera a uma taxa de x%.
Empresta dinheiro a investidores/empresários/particulares e cobra uma taxa de y%.
Enquanto os empréstimos são pagos, com y>x, a margem do banco está assegurada e o negócio decorre sem problemas.
Por definição, de tempos a tempos, há bolhas que rebentam.
No BCP, o ritmo de crédito em incumprimento tem este aspeto, até ao final de 2013:
A taxa de incumprimento está nos 7%.
Não há hipótese de cobrir isto com a margem (y-x)%.
Em 2013, esta taxa era de 1.1%.
Não faço ideia como estão os outros bancos mas, atendendo à dimensão do BCP, aqui estará grande parte da explicação de que
- a rentabilidade na banca ainda está longe de acontecer,
- há bancos a mais e haverá tendência a desaparecerem ou reduzirem a atividade.
Comentários a estes pontos:
- vamos acompanhando e verificando que tal é verdade;
- desapareceu o BES, BPN e BPP (por variadas razões), reduziu-se muito o BANIF e os bancos estrangeiros com representações mais pequenas terão tendência a reduzir-se ainda mais (BBVA, Deutsche Bank, Barclays, etc...)
Esta é a minha opinião/perceção acerca desta temática.
Algum comentário ou sugestão? Até breve!
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